O desamparo faz sofrer todo povo nordestino
A paisagem seca enseja nosso destino
De partir como a Asa Branca,
Seu menino.
Galho magro, folha ausente
Criança, adulto e gado carente
De viver um dia contente
Tanto sofrimento, tanto desengano
A pista segue queimando
Nesse fogo desumano
Árvore mansa, terra quente
Chão batido e ardente
Ô seu moço, corre logo
Pra ajudar a nossa gente
Presidente, manda água pra essas terras
Afasta o agouro da morte que a vida encerra
Que transforma o gado em carcaça
Que mutila o coração do sertanejo
Diante dessa couraça...
Inspiração: 11 e 12 de abril de 2013
Lembro-me muito de uma música de Gabriel o Pensador, chamada "Mentiras do Brasil", que revela em um trecho:
"Outra piada que não era nada séria era que a seca do Nordeste era a culpada da miséria
Desculpa esfarrapada puro blá, blá, blá...
Pois se os políticos quisessem eles faziam o sertão virar mar!
Tem também a lenda eterna da falta de verbas
As moscas mudam mas é sempre a mesma merda..."
Para escutar a música na íntegra: http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=0od9-MkD-_s
3 comentários:
Lindo Lúcia. Essa mulher é talentosa em todos os aspectos. Ruim é saber que seca é tema na literatura há mais de um século e pauta a vida do nordestino desde pequenino.
Borrego
Pois é, Borrego!
É uma pena mesmo que a nossa gente sofra tanto e ninguém com poder para melhorar a situação se compadeça...
Obrigada pelas belas palavras!
Beijão!!!!
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