terça-feira, 18 de junho de 2013

Como se fossem meus pais

As circunstâncias da vida fizeram com que eu não vivesse com o meu pai, estando, desde a mais tenra idade, vivendo ao lado da minha mãe, minha rainha linda.
Estudei 11 anos no Colégio da Polícia Militar (CPM) e lá me apaixonei pelo militarismo, pelas hierarquia e disciplina militares.
No CPM, aprendi a respeitar todos, do soldado mais moderno, ao Comandante do educandário, sempre tratando todos como "Sr., Srª.", educação que, graças a DEUS, recebi da minha mãe.
Essa experiência estudantil me foi muito providencial para o que me tornei hoje.
Me tornei sim, pois até a ausência paterna me favoreceu a considerar todos os ensinamentos que tive na escola, por meio de todos aqueles homens, profissionais que passaram na minha vida. Profissionais, amigos, colegas que muitas vezes nos transmitem importantes experiências. Chama atenção na hora certa, elogiam quando se deve elogiar.
Hoje, Capitã da Polícia Militar, sinto-me como se a ausência do meu pai tivesse me dado a oportunidade de considerar os meus superiores, os meus subalternos mais velhos do que eu, os policiais militares com quem eu convivo diariamente, como se meus pais fossem.
O sentimento que nutro por cada um deles, é de filha, de alguém que está ali para ser ensinada, orientada, ouvida.
Muito obrigada por fazerem parte da minha vida.
Meus pais,

Recife, 18 de junho de 2013.

Lúcia Helena

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Vergonha não, tenho pena

Perversidade, maldade, desamor... qualidades de seres que praticam com o outro, com seu próximo, atitudes mesquinhas, surpreendentemente inapropriadas e dignas de pena.
Pessoas vazias, inescrupulosas, sem coração que procuram expor às outras a situações vexatórias.

Não, o sentimento que me assola não é o de vergonha pela vítima, mas sim de pena pelo ser "humano" que se aproveitou da confiança de alguém para postar intimidades de outrem na internet.

O que se passa pela mente de alguém que comete um ato como esses?
Que benefícios isso poderá proporcionar na sua vida?

Meus sentimentos, meu caro colega de caserna.

E meus sentimentos também ao infeliz que lhe proporcionou tal exposição, pois para ele, mais cedo ou mais tarde, haverá punição.

Recife, 07 de junho de 2013.
Lúcia Helena

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Até quando vamos tolerar esse preconceito?

Por quantos anos ainda vamos querer manter as Religiões de Matriz Africana e as Afrobrasileiras na clandestinidade, no submundo?  Até quando vamos continuar ensinando às nossas crianças que seus cultos e manifestações são "coisas do demônio"? Só porque vem dos negros, porque tiveram sua origem na África! Até quando vamos admitir que se rasque uma norma que rege a vida de todos os brasileiros, sem exceção? Nossa Carta Magna de 1988 prescreve a liberdade de crença e de manifestações religiosas. Isso realmente acontece no Brasil? Até quando a população de terreiros, negros, brancos, amarelos, vermelhos, de todas as cores, vai ser vilipendiada do seu direito, de sua liberdade de crença, de possuir e praticar sua própria religião? Até quando as pessoas terão vergonha e medo de assumirem sua religião devido ao preconceito que sofrem? Até quando serão discriminadas por exibirem abertamente seus torsos e suas guias?
Gente, o Brasil foi construído também pelas mãos dos negros que para cá foram trazidos à força. Isso para aqueles que conseguiram sobreviver ao banzo, às mortes coletivas em alto mar devido à falta de alimento, entre outras várias formas de mortes que os africanos foram submetidos nessa viagem desumana.
Até quando vamos negar e discriminar a sua história, a sua cultura, a sua riqueza?
Como sofreram nossos antepassados! Quanta dor, quanta maldade, quanto desamor!
Por isso até hoje alguns ainda querem manter os negros numa condição de inferioridade, como se não tivessem direito a ascender socialmente.
Até quando vamos olhar os negros como se pobres, bandidos, fedidos e mal educados fossem? Até quando vamos querer realmente que os negros assumam essa posição na sociedade?
Digo aos negros e negras desse Brasil: estudem! cresçam pelo conhecimento! lutem contra os olhares de desprezo, as palavras agressivas! Vençam! Não aceitem esse lugar que alguns querem lhes manter, lhes dar! Esse lugar menor, fraco, inferior. Queiram mais! Vençam!

Lúcia Helena

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Hoje faz 5 anos da entrevista com Ana Maria Braga

Hoje, 03 de junho de 2013, faz 5 anos que concedi aquela entrevista a Ana Maria Braga.
Lembram?